Dr Lucas Barbosa

ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA

Este é o tipo de escleroterapia que pode substituir a cirurgia de varizes.

Escleroterapia Líquida (Ampliada) em Canoas

Técnica da Espuma Densa

A técnica formalmente chamada de Escleroterapia Ecoguiada com Espuma Densa é cada vez mais conhecida e procurada pela população. Sua principal indicação é para o tratamento de varizes. A recente “fama” deste moderno método, frequentemente exibido em programas de TV e em websites informativos é justificada por uma série de características que veremos neste artigo.
Na última década certamente se tornou um dos tratamentos ambulatoriais para varizes de maior interesse para médicos e pacientes em todo o mundo. De 2008 até 2022 foram registrados, até agora, pelo menos 600 artigos médicos internacionais abordando o tema, relatando diversos aprimoramentos e formas otimizadas de obter resultados.

Exatamente como na escleroterapia líquida (conhecida como “secagem de vasinhos”, que se limita às microvarizes ou telangiectasias), o objetivo é fazer os vasos serem absorvidos pelo próprio corpo. Para isso, utilizamos medicações no “formato de espuma” que irritam a parede interna da veia, aumentando a área de contato e possibilitando abordar vasos de maiores calibres, como a própria veia safena ou varizes mais “grossas”. A espuma “empurra” momentaneamente o sangue, provocando um espasmo do vaso, que contrai, e então é iniciado o processo de absorção pela própria cicatrização do corpo.

Como nem sempre os vasos causadores dos sintomas e nutridores das varizes são visíveis a olho nu, este tratamento é necessariamente feito de forma ecoguiada. Ou seja, utilizamos em todas as consultas e revisões um aparelho de Ecografia/Ultrassonografia com Doppler Colorido. Além de guiar a punção da veia doente, também podemos controlar a progressão da própria espuma durante sua introdução, aumentando a chance de sucesso e reduzindo a chance de complicações.

Como é o tratamento com Escleroterapia?

Após realizado o mapeamento das veias, através da Ultrassonografia com Doppler Colorido, delineia-se um plano de tratamento personalizado para cada caso.

O médico realiza a punção dos vasos-alvo utilizando agulhas especiais sob anestesia local, por exemplo os escalpes (“borboletas”), confirmando o posicionamento por ecografia e pelo fluxo sanguíneo visível no dispositivo. A seguir, a medicação é transformada de líquido simples em espuma através de sua agitação em um sistema específico (Técnica de Tessari) sendo injetada na veia doente com acompanhamento “ao vivo” pela Ecografia. O procedimento é praticamente indolor, equivalente a uma coleta de sangue comum.

Finalizada a aplicação, calçamos a meia elástica no paciente, que é orientado a levantar-se da maca, caminhar e voltar normalmente às suas atividades diárias. Não há período de repouso. Nas semanas seguintes o paciente é revisto, ecografias de acompanhamento são novamente realizadas e, se preciso for, novas etapas de procedimentos são executadas.

Como fica o resultado? Em quanto tempo?

É possível notar o início da redução do calibre dos vasos desde a primeira semana de tratamento, assim como a melhora dos sintomas – edema (inchaço), dor e peso nas pernas. O tratamento em si pode levar de algumas semanas até mais de 6 meses para ser concluído. Entretanto, o aspecto visual final pode levar de dois meses até mais de dois anos para ser atingido, sendo proporcional ao número e tamanho dos vasos do paciente.

Obs: Somos proibidos pelo Conselho Federal de Medicina de expor fotos de “antes e depois”, mesmo com consentimento do paciente.

Existem riscos relacionados a esta técnica?

Sim, assim como qualquer procedimento médico existem riscos. Alguns são exclusivos da técnica de espuma e outros são comuns a todos os tratamentos de varizes, sejam eles LASER, cirurgia convencional ou outros métodos de escleroterapia.

Em qualquer uma dessas técnicas, temos sempre o cuidado e a vigilância ativa para a detectar, tratar precocemente e se possível prevenir o acontecimento de trombose venosa profunda, lesões inadvertidas em pele, hematomas por punção, reações medicamentosas e alergias às medicações usadas (sejam elas os anestésicos locais ou os próprios esclerosantes).

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Escleroterapia com Espuma mancha a pele?

Especificamente sobre a espuma, é mostrado de forma consistente na prática clínica e nas centenas de estudos já publicados que há uma alta chance do paciente desenvolver temporariamente um escurecimento da pele sobre a veia tratada. Estima-se entre 10 e 30% de possibilidade. A pele de coloração morena tem maior propensão.

Além disso, é também comum que algumas veias precisem ser drenadas durante o acompanhamento, no próprio consultório.

As varizes voltam após a Escleroterapia?

Sim, é praticamente certo de que ao longo da vida o paciente desenvolva novas varizes e precise de novas avaliações e etapas adicionais de procedimentos no decorrer dos anos.

Não existe técnica que evite este processo. O foco está em manter a doença controlada, evitando que se acumulem varizes em número e tamanho, assim como não permitir o desenvolvimento de sintomas que voltem a provocar limitações na qualidade de vida do paciente.

Veias safenas acima de 6mm de calibre têm alta chance de sofrerem um processo de “recanalização”, ou seja, o fluxo voltar a correr no seu interior.

Por isso, nessa situação de refluxo de veia safena com calibres acima de 6mm o tratamento de primeira linha é o Endolaser.

Aparelho tratamento Varizes

Quais as melhores indicações?

Novas varizes que tenham se formado anos depois de uma cirurgia, principalmente na região da virilha e face interna da coxa são ótimos alvos de tratamento, com boa resposta. Casos avançados com úlceras varicosas em pacientes debilitados clinicamente se beneficiam muito do tratamento com espuma, por ser prático de ser realizado. Da mesma forma, pacientes com distúrbios clínicos em que não é conveniente a utilização de sedação, anestesia geral, raquianestesia ou procedimentos longos, também podem ser submetidos com sucesso a essa técnica.

Varizes internas que podem estar alimentando áreas de vasinhos superficiais também podem ser bem tratadas com espuma. Varizes que estavam conectadas previamente a uma veia safena que foi tratada com Endolaser, num tratamento estagiado, respondem muito bem, aliando um procedimento de primeira linha e duradouro com a praticidade da escleroterapia com espuma. Vasinhos ou nutridoras resistentes a tratamentos com escleroterapia líquida e Laser Transdérmico também configuram uma boa situação de uso de espuma.

De forma geral é uma técnica muito versátil, mas nem sempre será a primeira linha de tratamento. Hoje em dia, é uma grande arma no arsenal terapêutico do vascular e deve ser usada de forma oportuna tanto em tratamentos voltados para a recuperação da saúde e circulação como em casos em que se deseja essencialmente um resultado estético.

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Dr. Lucas Barbosa atende no Setor Vascular da Clínica Patrícia Holderbaum, em Canoas - RS.

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