Dr Lucas Barbosa

Remédios para varizes – Funcionam?

Qual é o tratamento para varizes

Cirurgia? Remédios? Meias Elásticas? Laser? Espuma? Afinal de contas, como são tratadas as varizes? Bom, há uma variação grande de padrões – pessoas com muitos sintomas, outros com quase nenhum, vasinhos finos e varizes grossas. Vamos dar um apanhado geral aqui de como nós, médicos, encaramos essas situações?

Qual é o tratamento para varizes?

Qual é o tratamento para varizes

Cirurgia? Remédios? Meias Elásticas? Laser? Espuma? Afinal de contas, como são tratadas as varizes? Bom, há uma variação grande de padrões – pessoas com muitos sintomas, outros com quase nenhum, vasinhos finos e varizes grossas. Vamos dar um apanhado geral aqui de como nós, médicos, encaramos essas situações?

Escleroterapia com Espuma em Canoas – RS

Escleroterapia Líquida (Ampliada) em Canoas

Escleroterapia com Espuma em Canoas – RS A técnica formalmente chamada de Escleroterapia Ecoguiada com Espuma Densa é cada vez mais conhecida e procurada pela população. Sua principal indicação é para o tratamento de varizes. A recente “fama” deste moderno método, frequentemente exibido em programas de TV e em websites informativos é justificada por uma série de características que veremos neste artigo. Na última década certamente se tornou um dos tratamentos ambulatoriais para varizes de maior interesse para médicos e pacientes em todo o mundo. De 2008 até 2019 foram registrados, até agora, pelo menos 500 artigos médicos internacionais abordando o tema, relatando diversos aprimoramentos e formas otimizadas de obter resultados. Exatamente como na escleroterapia líquida (conhecida como “secagem de vasinhos”, que se limita às microvarizes ou telangiectasias), o objetivo é fazer os vasos serem absorvidos pelo próprio corpo. Para isso, utilizamos medicações no “formato de espuma” que irritam a parede interna da veia, aumentando a área de contato e possibilitando abordar vasos de maiores calibres, como a própria veia safena ou varizes mais “grossas”. A espuma “empurra” momentaneamente o sangue, provocando um espasmo do vaso, que contrai, e então é iniciado o processo de absorção pela própria cicatrização do corpo. Como nem sempre os vasos causadores dos sintomas e nutridores das varizes são visíveis a olho nu, este tratamento é necessariamente feito de forma ecoguiada. Ou seja, utilizamos em todas as consultas e revisões um aparelho de Ecografia/Ultrassonografia com Doppler Colorido. Além de guiar a punção da veia doente, também podemos controlar a progressão da própria espuma durante sua introdução, aumentando a chance de sucesso e reduzindo a chance de complicações. Como é o tratamento? Após realizado o mapeamento das veias (cartografia venosa), através da Ultrassonografia com Doppler Colorido, delineia-se o plano de tratamento e damos início às sessões. O médico realiza a punção dos vasos-alvo utilizando escalpes, que são agulhas especiais (“borboletas”), confirmando o posicionamento por ecografia e pelo fluxo sanguíneo visível no dispositivo. A seguir, a medicação é transformada de líquido simples em espuma através de sua agitação em um sistema específico (Técnica de Tessari) sendo injetada na veia doente com acompanhamento “ao vivo” pela Ecografia. O procedimento é praticamente indolor, equivalente a uma coleta de sangue comum. Finalizada a aplicação, calçamos a meia elástica no paciente, que é orientado a levantar-se da maca, caminhar e voltar normalmente às suas atividades diárias. Não há período de repouso. Nas semanas seguintes o paciente é revisto, ecografias de acompanhamento são novamente realizadas e, se preciso for, novas sessões são executadas. Como fica o resultado? Em quanto tempo? É possível notar o início da redução do calibre dos vasos desde a primeira semana de tratamento, assim como a melhora dos sintomas – edema (inchaço), dor e peso nas pernas. O tratamento em si pode levar de algumas semanas até mais de 6 meses para ser concluído. Entretanto, o aspecto visual final pode levar de dois meses até mais de dois anos para ser atingido, sendo proporcional ao número e tamanho dos vasos do paciente. Obs: Somos proibidos pelo Conselho Federal de Medicina de expor fotos de “antes e depois”, mesmo com consentimento do paciente. Existem riscos relacionados a esta técnica? Sim, assim como qualquer procedimento médico existem riscos. Alguns são exclusivos da técnica de espuma e outros são comuns a todos os tratamentos de varizes, sejam eles LASER, cirurgia convencional ou outros métodos de escleroterapia. Em qualquer uma dessas técnicas, temos sempre o cuidado e a vigilância ativa para a detectar, tratar precocemente e se possível prevenir o acontecimento de trombose venosa profunda, lesões inadvertidas em pele, hematomas por punção, reações medicamentosas e alergias às medicações usadas (sejam elas os anestésicos locais ou os próprios esclerosantes). Espuma mancha a pele? Especificamente sobre a espuma, é mostrado de forma consistente na prática clínica e nas centenas de estudos já publicados que há uma alta chance do paciente desenvolver temporariamente um escurecimento da pele sobre a veia tratada. Estima-se entre 10 e 30% de possibilidade. A pele de coloração morena tem maior propensão. Além disso, é também comum que algumas veias precisem ser drenadas durante o acompanhamento, no próprio consultório. As varizes voltam? Sim, é praticamente certo de que ao longo da vida o paciente desenvolva novas varizes e precise de novas avaliações e sessões no decorrer dos anos. Não existe técnica que evite este processo. O foco está em manter a doença controlada, evitando que se acumulem varizes em número e tamanho, assim como não permitir o desenvolvimento de sintomas que voltem a provocar limitações na qualidade de vida do paciente. Custos da Técnica Um dos motivos da ampla utilização deste método no Brasil e no mundo é o relativo menor custo quando comparado a outras técnicas equivalentes – LASER ou cirurgia convencional. É preciso ter à disposição uma sala equipada com aparelho de ecografia com doppler colorido, vários materiais de consumo (esclerosantes, seringas, agulhas), tempo para várias consultas de revisão e, é claro, um cirurgião vascular habilitado na técnica até a alta do paciente. A principal razão para ser mais acessível é pela vantagem de dispensar internação hospitalar, anestesia geral ou raquianestesia. Dr. Lucas Barbosa é Cirurgião Vascular e atende em Canoas, Rio Grande do Sul. Entrar em contato Gostou do texto? Então curta e compartilhe!! Facebook Twitter Instagram Sobre o Autor Lucas Barbosa Sou médico e cirurgião vascular, especialista em tratamento minimamente invasivo de varizes. Tenho ampla experiência em tratamento de varizes grossas, safenas, vasinhos e suas nutridoras, priorizando as técnicas mais modernas, que dispensam cirurgia. Conto com uma infraestrutura clínica de alto padrão, tanto em conforto para pacientes e funcionários como nas mais modernas tecnologias para diagnóstico e tratamentos, liderando o Setor Vascular da Clínica Patrícia Holderbaum, em Canoas – RS. Posts mais recentes

Laser é superior à Cirurgia de Varizes?

Laser é superior à Cirurgia de Varizes?

Laser é superior à Cirurgia de Varizes? Com o avançar da tecnologias, o mundo se encaminha para procedimentos menos invasivos. No tratamento de varizes não é diferente. Ao longo dos últimos 20 anos, experimentamos muitas evoluções na compreensão da doença, no estudo da circulação de cada paciente e, é claro, nas formas de tratar. A inclusão do Laser e da Espuma na rotina dos cirurgiões vasculares foi uma grande mudança, que pode hoje evitar em praticamente 100% dos casos a necessidade de internação hospitalar, anestesia geral e afastamento das atividades profissionais e familiares. “Descobrimos” que é possível provocar a absorção dos vasos que antes eram removidos por cortes, usando basicamente duas formas: Térmicas e Químicas. Fique tranquilo que vou explicar de forma bem fácil. Tratamentos Térmicos (Lasers): Aquecer o interior do vaso provoca uma espécie de cauterização, redução gradual do calibre até que ele realmente “desaparece”. Para provocar esse aquecimento usamos uma fonte de luz adequada, que é o Laser. Em vasos bem superficiais e mais finos, temos o Laser Transdérmico NdYag 1064nm Pulso Longo – um flash de luz que tem afinidade pelo sangue, poupando os tecidos ao redor. Para veias safenas e varizes grossas, precisamos ir “mais fundo”, onde esse flash não alcança com eficiência, por isso lançamos mão de uma fibra óptica que leva a luz, atualmente sendo utilizado o Laser Diodo 1470nm. O apelido dessa técnica é Endolaser. Com uma pequena anestesia local (apenas na pele), introduzo uma fina fibra na veia, que dispara a luz e consegue eliminar com muita segurança e eficácia veias safenas, quando assim desejamos. Para o tratamento de varizes mais grossas utilizo os mesmos materiais, com uma técnica mais avançada, que é a Ablação Térmica Total Assistida (ATTA); resumidamente, acesso o interior de cada variz com alguns botões anestésicos e usamos sequencialmente a mesma fibra óptica para eliminá-las. Nessa modalidade o tratamento é todo guiado por Ultrassonografia. Tratamentos Químicos (Líquidos e Espuma): Esses você com certeza já ouviu falar. São as Escleroterapias, famosas aplicações com glicose. No passado eram utilizadas apenas para vasinhos superficiais, com resultados variáveis. Hoje em dia compreendemos melhor as concentrações, viscosidades e diferentes combinações de medicações que podem ser usadas para otimizar os tratamentos. A Técnica da Escleroterapia com Espuma é uma variação das tradicionais aplicações, com a grande vantagem de ser possível, com ela, tratar safenas e varizes grossas, pois hoje em dia a realizamos sempre nos guiando por Ultrassonografia, pois tratam-se de vasos que muitas vezes não são visíveis a olho nu. Ainda há espaço para a cirurgia convencional? Com resultados cada vez mais animadores ao longo das últimas décadas, colhendo diversas vantagens como ausência de cicatrizes, ausência de repouso, volta imediata às atividades e ser realizado fora do ambiente hospitalar, os procedimentos antigos com cortes realmente estão ficando para um segundo plano. A última vez que indiquei e realizei uma cirurgia convencional de varizes foi em 2017! Todos os milhares de pacientes que atendi nesses últimos anos, não importando a complexidade do caso ou calibre das varizes, foram tratados com técnicas minimamente invasivas e assim tem sido a tendência mundial. A cirurgia convencional tem ficado restrita para quando não há acesso às tecnologias ou experiência em utilizá-las. Entrar em contato Gostou do texto? Então curta e compartilhe!! Facebook Twitter Instagram Sobre o Autor Lucas Barbosa Sou médico e cirurgião vascular, especialista em tratamento minimamente invasivo de varizes. Tenho ampla experiência em tratamento de varizes grossas, safenas, vasinhos e suas nutridoras, priorizando as técnicas mais modernas, que dispensam cirurgia. Conto com uma infraestrutura clínica de alto padrão, tanto em conforto para pacientes e funcionários como nas mais modernas tecnologias para diagnóstico e tratamentos, liderando o Setor Vascular da Clínica Patrícia Holderbaum, em Canoas – RS. Posts mais recentes