Tratamento do Refluxo de Safena com Laser
Tratamento do Refluxo de Safena com Laser: Benefícios e Superioridade
A técnica formalmente chamada de Escleroterapia Ecoguiada com Espuma Densa é cada vez mais conhecida e procurada pela população. Sua principal indicação é para o tratamento de varizes. A recente “fama” deste moderno método, frequentemente exibido em programas de TV e em websites informativos é justificada por uma série de características que veremos neste artigo.
Na última década certamente se tornou um dos tratamentos ambulatoriais para varizes de maior interesse para médicos e pacientes em todo o mundo. De 2008 até 2019 foram registrados, até agora, pelo menos 500 artigos médicos internacionais abordando o tema, relatando diversos aprimoramentos e formas otimizadas de obter resultados.
Exatamente como na escleroterapia líquida (conhecida como “secagem de vasinhos”, que se limita às microvarizes ou telangiectasias), o objetivo é fazer os vasos serem absorvidos pelo próprio corpo. Para isso, utilizamos medicações no “formato de espuma” que irritam a parede interna da veia, aumentando a área de contato e possibilitando abordar vasos de maiores calibres, como a própria veia safena ou varizes mais “grossas”. A espuma “empurra” momentaneamente o sangue, provocando um espasmo do vaso, que contrai, e então é iniciado o processo de absorção pela própria cicatrização do corpo.
Como nem sempre os vasos causadores dos sintomas e nutridores das varizes são visíveis a olho nu, este tratamento é necessariamente feito de forma ecoguiada. Ou seja, utilizamos em todas as consultas e revisões um aparelho de Ecografia/Ultrassonografia com Doppler Colorido. Além de guiar a punção da veia doente, também podemos controlar a progressão da própria espuma durante sua introdução, aumentando a chance de sucesso e reduzindo a chance de complicações.
Após realizado o mapeamento das veias (cartografia venosa), através da Ultrassonografia com Doppler Colorido, delineia-se o plano de tratamento e damos início às sessões.
O médico realiza a punção dos vasos-alvo utilizando escalpes, que são agulhas especiais (“borboletas”), confirmando o posicionamento por ecografia e pelo fluxo sanguíneo visível no dispositivo. A seguir, a medicação é transformada de líquido simples em espuma através de sua agitação em um sistema específico (Técnica de Tessari) sendo injetada na veia doente com acompanhamento “ao vivo” pela Ecografia. O procedimento é praticamente indolor, equivalente a uma coleta de sangue comum.
Finalizada a aplicação, calçamos a meia elástica no paciente, que é orientado a levantar-se da maca, caminhar e voltar normalmente às suas atividades diárias. Não há período de repouso.
Nas semanas seguintes o paciente é revisto, ecografias de acompanhamento são novamente realizadas e, se preciso for, novas sessões são executadas.
É possível notar o início da redução do calibre dos vasos desde a primeira semana de tratamento, assim como a melhora dos sintomas – edema (inchaço), dor e peso nas pernas. O tratamento em si pode levar de algumas semanas até mais de 6 meses para ser concluído. Entretanto, o aspecto visual final pode levar de dois meses até mais de dois anos para ser atingido, sendo proporcional ao número e tamanho dos vasos do paciente.
Obs: Somos proibidos pelo Conselho Federal de Medicina de expor fotos de “antes e depois”, mesmo com consentimento do paciente.
Sim, assim como qualquer procedimento médico existem riscos. Alguns são exclusivos da técnica de espuma e outros são comuns a todos os tratamentos de varizes, sejam eles LASER, cirurgia convencional ou outros métodos de escleroterapia.
Em qualquer uma dessas técnicas, temos sempre o cuidado e a vigilância ativa para a detectar, tratar precocemente e se possível prevenir o acontecimento de trombose venosa profunda, lesões inadvertidas em pele, hematomas por punção, reações medicamentosas e alergias às medicações usadas (sejam elas os anestésicos locais ou os próprios esclerosantes).
Especificamente sobre a espuma, é mostrado de forma consistente na prática clínica e nas centenas de estudos já publicados que há uma alta chance do paciente desenvolver temporariamente um escurecimento da pele sobre a veia tratada. Estima-se entre 10 e 30% de possibilidade. A pele de coloração morena tem maior propensão.
Além disso, é também comum que algumas veias precisem ser drenadas durante o acompanhamento, no próprio consultório.
Sim, é praticamente certo de que ao longo da vida o paciente desenvolva novas varizes e precise de novas avaliações e sessões no decorrer dos anos. Não existe técnica que evite este processo. O foco está em manter a doença controlada, evitando que se acumulem varizes em número e tamanho, assim como não permitir o desenvolvimento de sintomas que voltem a provocar limitações na qualidade de vida do paciente.
Um dos motivos da ampla utilização deste método no Brasil e no mundo é o relativo menor custo quando comparado a outras técnicas equivalentes – LASER ou cirurgia convencional.
É preciso ter à disposição uma sala equipada com aparelho de ecografia com doppler colorido, vários materiais de consumo (esclerosantes, seringas, agulhas), tempo para várias consultas de revisão e, é claro, um cirurgião vascular habilitado na técnica até a alta do paciente.
A principal razão para ser mais acessível é pela vantagem de dispensar internação hospitalar, anestesia geral ou raquianestesia.
Dr. Lucas Barbosa é Cirurgião Vascular e atende em Canoas, Rio Grande do Sul.
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Sou médico e cirurgião vascular, especialista em tratamento minimamente invasivo de varizes. Tenho ampla experiência em tratamento de varizes grossas, safenas, vasinhos e suas nutridoras, priorizando as técnicas mais modernas, que dispensam cirurgia. Conto com uma infraestrutura clínica de alto padrão, tanto em conforto para pacientes e funcionários como nas mais modernas tecnologias para diagnóstico e tratamentos, liderando o Setor Vascular da Clínica Patrícia Holderbaum, em Canoas – RS.
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